“Queria os teus olhos a fecharem-se comigo por dentro e tu por dentro de mim...”
O rabisco comum do início de um labirinto. Cor tem e alma.
Apresento-te este labirinto.
O pano de fundo é azul vibrante e a música demora na força de um abraço.
A partida é aqui. Os pés encontram-se soterrados na areia macia, atrevida. Como naquela manhã. Pergunto-te porque me queres. Os teus olhos estão vendados pela fita vermelha – o teu amuleto e agarras-me na despedida fugaz. Preferes falar. Não sabes o sentido. E qual é?
(Possivelmente perder-me-ia mais vezes nos galhos da insensatez que nos da hipocrisia. E da loucura, acrescentas)
Porque não sei o que dizer, abraço-te. O caminho é púrpura e, através dele, encontras as sensações mundanas, as fantasias enigmáticas, travessias-luz e galhos que só incomodarão a pele superficialmente. Desalinham-se as calçadas gastas pelo tempo. A sobriedade das árvores. A imponência da natureza. Os sentidos errados. Mas sentidos.
Em frente. Ou ali? Olhas-me sem pestanejar. Onde é o lugar? Encontraremos o meio? A forma? O cheiro?
E as estrelas? Leva-las na mochila?
Não passamos de cascalho, prestes a secar e a desaparecer. E as flores renascem, parem do solo árido.
E tu, indeciso. Direita? Esquerda? Bifurcam-se interesses.
Qual de nós perdoa?
No teu olhar vejo a certeza que quero ter. O brilho que derrama. E clama por compreensão, querer partilhar. Poisas as palavras no chão. Fechas o livro. Perdes o jeito. Encolhes os ombros. Sorris perante a imensidão do céu. E sou eu. A tua voz. As tuas palavras. O entoar com que as fazes bailarinas na tua boca. Pede-me a mão ao coração. Assustado. Perplexo. Cercado. Já perdido? Que interessa… O atalho nunca te serviu. Sopros inquietos. Tremem as tuas pernas. Tens frio. Onde dormes esta noite? Junto ao rio de águas-tempestade? Construirás abrigo para te salvar? Ou perecerás sem nada fazer?
Os remoinhos do ar figuram no vento como traços vermelhos espirais.
Saltitas no tracejado de um percurso-dor. Desenhas na minha mão um círculo e dizes para lhe dar os tons que quiser. Os tons do mar. As escadas polvilhadas de areia muito branca. O olhar embriagado. O sol quente de Verão. O entusiasmo. As leituras do contador de histórias, de pernas cruzadas e moleskine na mão direita, seguram a conjunção de pensamentos mais incríveis que alguma vez ouvira. E a ternura intacta? Como se desenha?
Pararam perto do mar, ou na rua que não estava fechada porque nenhuma rua se fecha para o amor. O tempo que apetecer. Sem coerência. Sem que entendas os gestos, a forma como se aproxima e fala
Puxa o mundo para ele
E eu ali
Expectante
“O que virá a seguir?”
Um ardor ténue trespassa-me o corpo
O tempo a passar
E nós a acharmos que ele não passa
Ou que então espera por nós
As botinhas castanhas
De cabelo despenteado e mochila às costas
E o nome?...
Sublime
Lindo.
O olhar
Quando lê o que escreve
E vocifera como ninguém
O pano de fundo é azul vibrante e a música demora na força de um abraço.
A partida é aqui. Os pés encontram-se soterrados na areia macia, atrevida. Como naquela manhã. Pergunto-te porque me queres. Os teus olhos estão vendados pela fita vermelha – o teu amuleto e agarras-me na despedida fugaz. Preferes falar. Não sabes o sentido. E qual é?
(Possivelmente perder-me-ia mais vezes nos galhos da insensatez que nos da hipocrisia. E da loucura, acrescentas)
Porque não sei o que dizer, abraço-te. O caminho é púrpura e, através dele, encontras as sensações mundanas, as fantasias enigmáticas, travessias-luz e galhos que só incomodarão a pele superficialmente. Desalinham-se as calçadas gastas pelo tempo. A sobriedade das árvores. A imponência da natureza. Os sentidos errados. Mas sentidos.
Em frente. Ou ali? Olhas-me sem pestanejar. Onde é o lugar? Encontraremos o meio? A forma? O cheiro?
E as estrelas? Leva-las na mochila?
Não passamos de cascalho, prestes a secar e a desaparecer. E as flores renascem, parem do solo árido.
E tu, indeciso. Direita? Esquerda? Bifurcam-se interesses.
Qual de nós perdoa?
No teu olhar vejo a certeza que quero ter. O brilho que derrama. E clama por compreensão, querer partilhar. Poisas as palavras no chão. Fechas o livro. Perdes o jeito. Encolhes os ombros. Sorris perante a imensidão do céu. E sou eu. A tua voz. As tuas palavras. O entoar com que as fazes bailarinas na tua boca. Pede-me a mão ao coração. Assustado. Perplexo. Cercado. Já perdido? Que interessa… O atalho nunca te serviu. Sopros inquietos. Tremem as tuas pernas. Tens frio. Onde dormes esta noite? Junto ao rio de águas-tempestade? Construirás abrigo para te salvar? Ou perecerás sem nada fazer?
Os remoinhos do ar figuram no vento como traços vermelhos espirais.
Saltitas no tracejado de um percurso-dor. Desenhas na minha mão um círculo e dizes para lhe dar os tons que quiser. Os tons do mar. As escadas polvilhadas de areia muito branca. O olhar embriagado. O sol quente de Verão. O entusiasmo. As leituras do contador de histórias, de pernas cruzadas e moleskine na mão direita, seguram a conjunção de pensamentos mais incríveis que alguma vez ouvira. E a ternura intacta? Como se desenha?
Pararam perto do mar, ou na rua que não estava fechada porque nenhuma rua se fecha para o amor. O tempo que apetecer. Sem coerência. Sem que entendas os gestos, a forma como se aproxima e fala
Puxa o mundo para ele
E eu ali
Expectante
“O que virá a seguir?”
Um ardor ténue trespassa-me o corpo
O tempo a passar
E nós a acharmos que ele não passa
Ou que então espera por nós
As botinhas castanhas
De cabelo despenteado e mochila às costas
E o nome?...
Sublime
Lindo.
O olhar
Quando lê o que escreve
E vocifera como ninguém
A alma nas palavras
Aplaudo-o sem que saiba
O carinho
Tanta coisa que não sei explicar
“E se se esgota?”
“Esgotar-te para te querer ainda mais”
Aplaudo-o sem que saiba
O carinho
Tanta coisa que não sei explicar
“E se se esgota?”
“Esgotar-te para te querer ainda mais”