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sexta-feira, 2 de março de 2007

Sótão de ideias...

Disseste-me que estiveste a arrumar o teu sótão. Que todos devíamos arrumá-lo de vez em quando.
Arrumaste as prateleiras de uma estante complexa - a tua vida.
Ao sabor dessa atitude encontras força para continuar e valorizar a tua simples existência.

Fico agora presa à ideia de Faíza, de que uma nudez "nada tem de erótico" e que deve ter nem que seja um trapinho, para ser sensual...

Ao fundo de uma mesa grande, um grupo de pessoas muito diferente, ouço a voz de um dos seus elementos. Estatura pequena tipo duende, careca e talvez com 60 anos. Levantou a mão e disse "eu não posso, não tenho como vir".
Desse grupo totalmente distinto, outro levanta a mão e timidamente intervém e diz: "apenas consigo ver dez por cento mas tenho uma vida repleta de experiências ricas. Como poderei mostrar-lhe, se não vejo?"
Porque muitos gostam de absorver a realidade observando. Eu faço o mínimo esforço – se o fizer ficarei em breve cego...
Mas vou pensar.

Num fim de dia confessaste-me que era desportista, empreendedora, sociável e rodeada de amigos. Essas eram as suas características essenciais. Faltava-lhe a entrega e devoção de uma amiga verdadeira - dizias. Faltava-lhe a calma e doçura de outra. Mas tinhas a indignação, a força e a sabedoria dela.
Realidades distintas em pessoas que querias unir, fundi-las num só ser. É a que vives e a que sonhas.
Parece-me engraçado, sabias?


24 Julho 2006


Tempo de (des) encontros com o mar e a terra de sonhos perdidos

Tempo de aprender e crescer

Tempo de descoberta e aventura

Tempo de te dizer que te adoro

Tempo de alma num corpo que dança sem fim

Tempo de encontrar e não dizer

Tempo de amar e talvez perder

28 Julho 2006


mil vezes me recordo daquele olhar, que expressavas tão unicamente, iluminado pela luz de uma vela, intercedido pela chama, projectada no meu olhar... aquele olhar
só teu
o teu
naquele que dizias...
só olhando...
como era importante para ti

07 Julho 2006


Vivemos num mundo que excluiu o silêncio. A nossa existência está mergulhada numa bolha de ruído permanente ao ponto de, por vezes, o silêncio se tornar incómodo ou mesmo insuportável, criando a necessidade de o preencher com barulho, sons, palavras. Na sociedade ocidental, o silêncio tornou-se sinónimo de solidão, e a solidão num dos maiores medos do homem moderno. A solidão invoca abandono, tristeza, clausura, isto porque se perdeu o prazer de estar sozinhos connosco próprios, do confronto com o nosso eu mais profundo e íntimo, de nos abandonarmos a nós e ao mundo que nos rodeia. Desde muito cedo a educação faz-se no ruído e mesmo no útero o bebé está já mergulhado num universo sonoro, que tende a ser tanto mais intenso quanto mais ruidosa é a vida da mãe. Curiosamente existe uma relação entre silêncio e equilíbrio, e essa relação estabelece-se logo a nível fisiológico, o órgão que capta o silêncio é também o centro do equilíbrio humano, o aparelho auditivo.

07 Julho 2006

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