terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Sabes... as minhas mãos têm manchas de amoras, acabadinhas de colher no campo, onde outrora via a água correr entre leiras e com um "sacho" desviava-a, irrigando-a. Sabes...colher amoras relaxa-me, devolve-me à infância. Atrevi-me e arranquei legumes do terreno vizinho, quis sentir o cheiro e sabor autêntico...tudo se alterou...hoje as amoras estão pequeninas e há cada vez menos.
Entardeceu. Os meus pés sujos, o cabelo despenteado iluminado pelo sol, no campo, e tantas memórias de uma infância feliz... Agora no corpo de uma mulher, sentindo o coração pulsar com menos força. Olhos entristecidos ao ver o abandono, a terra sem vida e uma casa isolada mas tão bonita. Imaginário em tons de verde. Animais correm livremente.

Chego a casa e escrevo-te.
Obrigado por existires

12 Setembro 2005

2 comentários:

Anônimo disse...

tires. :P

Anônimo disse...

...basta fechar os olhos para estar la, nesses lugares inesqueciveis. nesse mundo que nunca mais pode deixar de existir...essas tardes cheias de raios de sol...as amoras, oh as amoras!!!!ainda sinto esse cheiro...hummmm! perco-me dentro de mim a olhar para 'trás'...ainda havemos passar por la um dia, numa tarde. apetece-me subir para aqueles barrocos e ficar la horas a conversar e a reviver...queres?

Visitantes: