sexta-feira, 2 de março de 2007

Cravaste as garras. Feriste as feridas que sangravam. Dor aguda. Insuportável.
Perfuravas profundamente a alma e corpo… o corpo e a alma... Vezes sem conta, espinho maldito.
A primeira vez que perdeste forças deixei-te ficar junto a mim. Cicatrizes que foste deixando aqui e ali.
Cravas as garras doentiamente. Cravas mais fundo e, em círculos, remexes para doer mais.
Presas fáceis. Tão fáceis que as matas por dentro.
Não passas de um simples espinho que agarrado fortemente se quebra e se desfaz em mil pedaços – uma insignificância.
Um simples espinho que arranquei e deitei para fora.
Olho-te e brota de ti o teu último sinal de vida – um simples prurido.
O meu tronco onde permanecias (como um parasita) está mais bonito do nunca: está forte, luminoso e cheio de vigor.
Acabaram-se os espinhos.

28 Setembro 2006

2 comentários:

Anônimo disse...

Hoje o vento abanou-te como não o fazia à tanto tempo... E eu estou orgulhosa de ti! Mas nunca deves abanar demais. Podes voltar a partir...

Anônimo disse...

Ser Feliz!
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
(...)
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo... "

(Fernando Pessoa)

No castelo da minha vida habitam os que amo, e tu e o teu sorriso estão sempre no meio do jardim para me dar aquele abraço. Minha amiga... Bj

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