sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Ambiente da casa, dos cafés, do bairro
que vejo e percorro: ano após ano.
Criei-te de alegrias e tristezas:
de tantas circunstâncias, tantas coisas.

E já não és senão como te sinto.

constantino cavafy


a cama como refúgio

num colchão vestido de inverno
os lençóis a oferecer regaço ao corpo
a cor do quarto é feita de palavras engasgadas na garganta
a tua respiração ainda se sente nas roupas que te esperam nas cadeiras
e apesar do sono talvez gostar de ausências
porque não abres a porta? é tudo o que me falta para as palavras deixarem de ser pele

Maria Sousa

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