quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

e porque vivo o amor




Minha laranja amarga e doce

meu poema

feito de gomos de saudade

minha pena

pesada e leve

secreta e pura

minha passagem para o breve

instante da loucura.


Minha ousadia

meu galope

minha rédea

meu potro doido

minha chama

minha réstia de luz intensa

de voz aberta

minha denúncia do que pensa

do que sente a gente certa.

Em ti respiro

em ti eu provo

por ti consigo

esta força que de novo

em ti persigo

em ti percorro

cavalo à solta

pela margem do teu corpo.

Minha alegria

minha amargura

minha coragem de correr contra a ternura.




José Carlos Ary dos Santos

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