terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Esses dedos finos

A simples parecença não se assemelha. Bebes um café, apertas o lábio e lês uma frase de Einstein. Seguras no pacote de açúcar, com as tuas mãos finas e delicadas e mete-lo debaixo da chávena, onde essa frase ficou bem segura como se estivesse guardada a sete chaves. Acompanho-te com o olhar, este que brilha mal sente a cor e textura dos teus lábios. És a companhia ideal.

Há uma luz no tecto que pouco brilha mas mesmo assim gosto de focá-la, distorcendo a vista em raios longos e dourados. Tremias. Penso que tremias de desejo. Apenas a mim consegues suportar. Serei um anjo ou apenas eu?
Queria-te sempre por perto.
O sítio onde me encontro não tem pessoas nem olhares que condenam, neste sítio não há tristeza nem rotina, não há dissabores nem banalidades. Qual patetice intrínseca a qualquer momento vivido diariamente, porque separados estão. Aqui não temo o futuro, muito menos a tristeza de não saber por onde ir e escolher. Aqui tudo tem luz. Aqui o humor está em equilíbrio e em felicidade.
Bebes num só trago a cerveja que resta, fitas-me com o olhar, sempre doce e dizes "Vou ficar contigo mais um dia". Sinto a alma explodir de alegria. Com esses dedos finos seguras-me na mão e dizes "vamos embora"... tenho tanto amor para te dar.
25 Agosto 2005

3 comentários:

Anônimo disse...

Meu amor, minha Eva! Chegará o dia em que não haverão despedidas. Prometo. Amo-te muito.

Anônimo disse...

:)

Anônimo disse...

Bem... Essas sensações de "complemento" e de "tenho tanto amor para te dar" são ambas muito, mas mesmo muito boas!

Fico feliz por ti, sunshine!
Beijinho

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