quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

"O Psicólogo é aquele que acaba por criar uma sensibilidade especial para os sinais inconscientes das necessidades do outro ".
Eis uma das melhores descrições que alguma vez li...
É nessa sensibilidade especial e atenta que muitos dos meus dias se passam.
Nessa procura, quase inexplicável, de sinais, tantas vezes inconscientes, das necessidades dos outros, que soube que alguém desejava há 6 anos ter um filho e nunca o conseguira (devido a vários problemas, essencialmente anatómicos).
Sem imaginar, foi ao médico e soube que estava grávida de 4 meses. Alertaram-na para a possibilidade de aborto espontâneo, mas não quis acreditar, assinou um termo de responsabilidade e partiu para Lisboa. Lá disseram-lhe que estava tudo bem...
No dia seguinte, por acaso, pergunto-lhe (isto a propósito de aprendizagens decorridas junto dos familiares) se tinha filhos. Disse-me o que já vos contei.
Dei-lhe toda a força que sentia. Disse-lhe que "tudo correria bem" e que se mantivesse calma...
Hoje, saio de mais uma sala, depois de dar formação e alguém me vem dizer: "ligou uma senhora a dizer que hoje não pode vir à sessão porque o filho morreu"...
É nessa sensibilidade, sempre alerta, que me perco e não sei muitas vezes por onde seguir...
Mais um telefonema que guardo para amanhã...
Mais um episódio que marca a minha vida e que a acompanhará para sempre...
17 Janeiro 2006

2 comentários:

Anônimo disse...

arrepiei-me...
Será que estamos pouco despertos para os sinais? será que escondemos sinais uns dos outros?
E depois há casos assim... como responder aos sinais?
Perdi-me... e perdia-me concerteza no telefonema d'amanhã!

Anônimo disse...

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