Tentações
Como parar de comer de forma compulsiva? Gulodice ou desordem emocional?
O petiscar compulsivo é muito mais parecido com um comportamento bulímico do que com um excesso de gulodice. De facto, não é a vontade de oferecer a nós mesmos um prazer gustativo que nos leva a comer incessantemente, mas sim, pulsões de outra natureza que o fazem.
A prova disso é que quando se devoram assim os alimentos, não temos tempo de os saborear. Para além disso, não paramos de comer mesmo após alcançada a saciedade. Estas pulsões são muito mais difíceis de controlar, precisamente porque não têm nada a ver com a fome, nem têm a função vital de alimentar o corpo para que ele funcione.
Comer compulsivamente resulta, na maior parte das vezes, de uma desordem emocional.
Por detrás de uma crise de apetite compulsivo existe, regra geral, um acumular de tensões: uma emoção forte que está a ser reprimida ou um excesso de stress.
Ao comer, procuramos uma consolação, um apoio. Este comportamento reflecte as nossas primeiras experiências enquanto bebés, pois também o leite materno nos aliviou a fome e nos acalmou as emoções e o mal-estar. É também baseado nas nossas primeiras experiências que quando comemos compulsivamente escolhemos sobretudo alimentos doces (caramelos, rebuçados, chocolates, etc.), pois procuramos instintivamente o primeiro dos sabores que conhecemos e nos proporcionou prazer: o doce! :)
Nada é proibido!
Se sente aumentar o desejo irresistível de se “atirar” aos doces, é importante que não se prive radicalmente de tudo. A privação total de um desejo é a pior das soluções: ao limitar de mais dirigimo-nos para um excesso ainda maior. Esta pulsão alimentar tem as suas raízes no plano inconsciente e a nossa simples vontade não tem a capacidade para a suster. Quando cedemos, sentimo-nos culpados, um sentimento muito desconfortável a que procuramos fugir… recomeçando a comer! Mais vale tentar um acordo de paz. É a única forma de evitar o ciclo infernal da transgressão e culpa.
Para se reconciliar com as suas pulsões alimentares é necessário que as conheça. Em primeiro lugar, faça um registo sistemático dos seus comportamentos durante uma semana, onde irá anotar, de um lado, tudo o que come e, do outro, as emoções do dia. Talvez assim possa compreender o que desencadeia as crises de apetite compulsivo. Desta forma, tomará também consciência da quantidade de alimentos que ingere quando cede à tentação. Para contrariar a tendência de petiscar, experimente esperar um pouco entre o momento em que surge o desejo de comer e a sua consumação (dez minutos, por exemplo), com o objectivo de verificar se a pulsão recua. Se tal não acontecer, ofereça a si próprio uma verdadeira pausa, equilibrada, decidida e escolhida.
Para evitar comer a primeira coisa que lhe aparece à frente quando sente vontade de comer, organize-se! Em casa e no escritório tenha sempre o necessário para preparar uma pequena refeição ao seu gosto: iogurte, queijo fresco, fruta, tostas ou bolachas sem recheio…Assim quando chega a vontade de comer, poderá preparar uma verdadeira “mini-refeição” equilibrada: por exemplo um iogurte com pedaços de fruta e uma fatia de pão integral ou duas bolachas. Então, dê tempo de comer tudo isto lentamente, com prazer e sem culpa. Faça uma verdadeira pausa. Tente estar atento às suas sensações e ao seu prazer. O risco de ceder a exageros será menor.
O petiscar compulsivo é muito mais parecido com um comportamento bulímico do que com um excesso de gulodice. De facto, não é a vontade de oferecer a nós mesmos um prazer gustativo que nos leva a comer incessantemente, mas sim, pulsões de outra natureza que o fazem.
A prova disso é que quando se devoram assim os alimentos, não temos tempo de os saborear. Para além disso, não paramos de comer mesmo após alcançada a saciedade. Estas pulsões são muito mais difíceis de controlar, precisamente porque não têm nada a ver com a fome, nem têm a função vital de alimentar o corpo para que ele funcione.
Comer compulsivamente resulta, na maior parte das vezes, de uma desordem emocional.
Por detrás de uma crise de apetite compulsivo existe, regra geral, um acumular de tensões: uma emoção forte que está a ser reprimida ou um excesso de stress.
Ao comer, procuramos uma consolação, um apoio. Este comportamento reflecte as nossas primeiras experiências enquanto bebés, pois também o leite materno nos aliviou a fome e nos acalmou as emoções e o mal-estar. É também baseado nas nossas primeiras experiências que quando comemos compulsivamente escolhemos sobretudo alimentos doces (caramelos, rebuçados, chocolates, etc.), pois procuramos instintivamente o primeiro dos sabores que conhecemos e nos proporcionou prazer: o doce! :)
Nada é proibido!
Se sente aumentar o desejo irresistível de se “atirar” aos doces, é importante que não se prive radicalmente de tudo. A privação total de um desejo é a pior das soluções: ao limitar de mais dirigimo-nos para um excesso ainda maior. Esta pulsão alimentar tem as suas raízes no plano inconsciente e a nossa simples vontade não tem a capacidade para a suster. Quando cedemos, sentimo-nos culpados, um sentimento muito desconfortável a que procuramos fugir… recomeçando a comer! Mais vale tentar um acordo de paz. É a única forma de evitar o ciclo infernal da transgressão e culpa.
Para se reconciliar com as suas pulsões alimentares é necessário que as conheça. Em primeiro lugar, faça um registo sistemático dos seus comportamentos durante uma semana, onde irá anotar, de um lado, tudo o que come e, do outro, as emoções do dia. Talvez assim possa compreender o que desencadeia as crises de apetite compulsivo. Desta forma, tomará também consciência da quantidade de alimentos que ingere quando cede à tentação. Para contrariar a tendência de petiscar, experimente esperar um pouco entre o momento em que surge o desejo de comer e a sua consumação (dez minutos, por exemplo), com o objectivo de verificar se a pulsão recua. Se tal não acontecer, ofereça a si próprio uma verdadeira pausa, equilibrada, decidida e escolhida.
Para evitar comer a primeira coisa que lhe aparece à frente quando sente vontade de comer, organize-se! Em casa e no escritório tenha sempre o necessário para preparar uma pequena refeição ao seu gosto: iogurte, queijo fresco, fruta, tostas ou bolachas sem recheio…Assim quando chega a vontade de comer, poderá preparar uma verdadeira “mini-refeição” equilibrada: por exemplo um iogurte com pedaços de fruta e uma fatia de pão integral ou duas bolachas. Então, dê tempo de comer tudo isto lentamente, com prazer e sem culpa. Faça uma verdadeira pausa. Tente estar atento às suas sensações e ao seu prazer. O risco de ceder a exageros será menor.
08 Junho 2005
2 comentários:
não sou pessoa de exagerar na comida e nos doces!
mas tenho que admitir que às vezes me dão ataques de ansiedade ou de carencia (nem sei) e ataco uma barra de chocolate, inteirinha, só para mim, devoro-a como se estivesse cheia de fome! Fico empanturrada e tudo passa...lol
Isto escrito é tudo bonito e na prática, como é que é amiguinhos? Bem a mãe diz:"petiscar tudo e não comer nada". Eu bem tento mas acabo sempre por petiscar d mais:) Adoro, adoro comer e sem dúvida que é assim que me sinto feliz! Raquel
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