sexta-feira, 2 de março de 2007

Fogo e Noite (Tu)

Aconteceu... E por me teres feito cego
Recordo o sabor da tua pele
E a calor de uma tela
Que pintámos sem pensar.
Ninguém perdeu,
E enquanto o ar foi escuro
Despidos de passados
Talvez de lados errados Conseguiste me encontrar.

Foi dança
Foram corpos de aço
Entre trastes de guitarras
Que esqueceram amarras
E se amaram sem mostrar.
Foi fogo
Que nos encontrou sozinhos
Queimou a noite em volta
Presos entre chama à solta
Presos feitos para soltar...

Estava escrito
E o mundo só quis virar
A página que um dia se fez pesada

E o suor
Que escorria no ar
No calor dos teus lábios
Inocentes mas sábios...
No segredo do luar.
Não vai acabar
Vamos ser sempre paixão
Vamos ter sempre o olhar
Ao nível de ninguém
Dei-te mais...! valeu a pena voar...

Estava escrito
E a noite veio acordar
A guerra de sentidos travada num céu
Nem por um segundo largo a mão
Da perfeição do teu desenho
E do teu gesto no meu...

Foi como um sopro estranho... ...e aconteceu...
És fogo em mim,
És noite em mim.
És fogo em mim...

(Toranja)

09 Novembro 2006

Um comentário:

Anônimo disse...

Quem é que teve a infeliz ideia de por este pseudo-poeta a cantar??? Dava um bom escritor de folhetins mexicanos...

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