sábado, 3 de março de 2007


Nenhum sinal vermelho fez parar o frágil carro.
Almoço feito à pressa, intervalado em telefonemas e amizades. O banho depois de muito suor. Percorrer, em sofreguidão, a distância que permitiu eliminar todas as toxinas, de uma noite de exageros. Foi uma noite bonita, apesar de tudo.
A música povoa aquele confinado espaço, junto com o odor de cigarros de ontem e de outro dia e de hoje - agora.
Perdi a pressa desde que me imaginei sem ti. Respirei como não respirava desde que vim dos Açores. Chegar à plenitude de um fôlego profundo... Respirar bem é um privilégio.
Hoje ninguém me aborreceu. Houve um momento de leveza. Sem carroças e animais. Sem cancelas. Até o piso parecia estar bom.
Desta janela de um comboio vejo-te todos os dias. Trazes óculos de sol (mesmo que chova), mudas incessantemente todas as músicas entre as milhares apenas gostas de cinco. Metes batom e tira-lo de seguida. Hoje não tens pressa. Pressa para quê?
Permite-me que te diga: és muito mais importante do que pensas!


12 Dezembro 2006

Um comentário:

Anônimo disse...

No dia que olhares além do espelho terás a grata surpresa de descobrir quem realmente és! Mas é tão difícil, não é amiga?

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