sexta-feira, 18 de maio de 2007




Oiço a chuva cair em gotas pesadas neste telhado de um sotão. Fica aqui o meu quarto de madeira, enfeitado por borboletas, teias de aranha e crustáceos pendurados por um fio. Abranda o chover lá fora. Impede-me de continuar a escrever. Parou.


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Em vez do som das gotas da chuva, oiço o cacarejar de uma galinha satisfeita e o céu está zangado. O ladrar, já muito familiar, dos cães vizinhos. A roupa que desliza com o vento; em conjunto fazem piruetas sonoras, e dançam... e criam... e dançam... "Tadah": salto final, voltam ao seu equilíbrio.
Se te disser que cada frase, aqui-agora criada, representa a ascensão do meu alívio, acreditavas?

Alívio

ALívio...


Uma família que chega de longe,abraços e palmadinhas nas costas que simbolizam um reencontro.
António Lobo Antunes (um mestre) no seu livro que agarro fortemente.
Quero que chova de novo para distrair-me de ti.

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