quarta-feira, 31 de outubro de 2007



Páginas reversas: a forma de um rosto arquivado em palavras não-ditas, hoje envelhecidas esboçam a emissão de luz que lhe dá a feição do que foi – a forma da tua postura – inclinada em teu ombro -Seduzindo com perfume a pele, e desencaminha-me, provoca-me o intenso odor, o fruto, a amêndoa, um único humor, a fuga à atracção, povoam curiosidades ambivalentes: o rosto, a tua postura o teu ombro em forma de amêndoa. Páginas reversas. De paladar áspero e adocicado. Páginas em que nada acontece. Acaso. Doces as tuas mãos, aligeiram atitudes, comovem lacrimejares e a mão abandona as páginas como uma serpente a pele… e entra para dentro das linhas largas abundantes (caminhos serpenteantes) – faz a parte de actriz do líquido e da tinta fina dependentes – uma solidão doce.
Páginas de fúrias embriagadas e desilusões amenas.
Uma página pesada que recusa em ser virada...

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