Arte…
O véu é turquesa, cor ciano opaca, azul céu, contraste de magenta luz azul e vermelha, cor de castiçal e velas acesas.
O véu organiza-te neste quadro, tens cabelos rios findos em mar vermelho e opacidade de águas turbulentas. A recusa nos teus gestos, realça-te a beleza que me faz amar-te. Uma recusa é uma evidência. Comunicas comigo -afastando-me,
O véu é turquesa, cor ciano opaca, azul céu, contraste de magenta luz azul e vermelha, cor de castiçal e velas acesas.
O véu organiza-te neste quadro, tens cabelos rios findos em mar vermelho e opacidade de águas turbulentas. A recusa nos teus gestos, realça-te a beleza que me faz amar-te. Uma recusa é uma evidência. Comunicas comigo -afastando-me,
Ficarei mais lúcido, se me recusas?
Eu…
Faço parte desta massa amorfa. Tenho a cara amarelada e cabelos cinzentos, visto-me de castanho-escuro. E a minha voz? Arrasta-se sem verdades.
Voltemos ao início.
O dia não começou como previsto.
Trabalho por turnos.
Durmo quando o sol teima em entrar - invasor inoportuno - pelas janelas que, quase sempre, deixam passar uma réstia de luz. Soletro palavras-palavrinhas, logo pela manhã, falinhas de que nada me valem.
Tenho o vício do desajustamento, que se revela, com o tempo, como a única forma de me ajustar neste encaixe imperfeito - mas o único – que encontro para mim.
Vivo insatisfeito. É tão forte o meu inconformismo. Irrito-me mas não faço nada para mudar.
Qual o meu lugar?
Unicamente assisto, passivo. Vejo as multidões, pessoas apáticas, insípidas e de coração preso à merda das suas vidinhas, egoístas inveterados e sem cura.
Arte…tu
Vê-se tão bem quem joga com tudo o que é
E quando não se vê?
És. Mas não se vê.
Ou não vês?
Eu
Passo despercebido, é tão mais fácil. Basta acenar com o olhar. Um esgar invejoso. Já nem sorrio. Disfarço. É simples.
(…)
Tu… arte
Eu…
Faço parte desta massa amorfa. Tenho a cara amarelada e cabelos cinzentos, visto-me de castanho-escuro. E a minha voz? Arrasta-se sem verdades.
Voltemos ao início.
O dia não começou como previsto.
Trabalho por turnos.
Durmo quando o sol teima em entrar - invasor inoportuno - pelas janelas que, quase sempre, deixam passar uma réstia de luz. Soletro palavras-palavrinhas, logo pela manhã, falinhas de que nada me valem.
Tenho o vício do desajustamento, que se revela, com o tempo, como a única forma de me ajustar neste encaixe imperfeito - mas o único – que encontro para mim.
Vivo insatisfeito. É tão forte o meu inconformismo. Irrito-me mas não faço nada para mudar.
Qual o meu lugar?
Unicamente assisto, passivo. Vejo as multidões, pessoas apáticas, insípidas e de coração preso à merda das suas vidinhas, egoístas inveterados e sem cura.
Arte…tu
Vê-se tão bem quem joga com tudo o que é
E quando não se vê?
És. Mas não se vê.
Ou não vês?
Eu
Passo despercebido, é tão mais fácil. Basta acenar com o olhar. Um esgar invejoso. Já nem sorrio. Disfarço. É simples.
(…)
Tu… arte
Olho-te,
Neste quadro,
recolho mais uma imagem de ti,
- a que não queria -
essa recolha destabiliza-me,
acrescenta outras expressões
de ti
para ela
Eu…
Quero rasgar-te por completo sem te queimar.
Rasgar-te
essa recolha destabiliza-me,
acrescenta outras expressões
de ti
para ela
Eu…
Quero rasgar-te por completo sem te queimar.
Rasgar-te
entregar-te.
Docemente.
Servir-te ao desprezo,
Docemente.
Servir-te ao desprezo,
- como que um ódio -
embrulhado em mirtilos e uma rodela de laranja.
Que belo degusto.
Que belo degusto.
O meu lugar não é aqui. . .
Terei de me confrontar, mais quantas vezes, com esta insatisfação? Para perceber que não é realmente por aqui?
Reincide
Repete
Reincide
E obrigo-me a gostar
Reajusto-me ao que não sou
deixo de ser.
Por vezes finjo que vale a pena.
Tu
Ema,
diz-me.
Por vezes finjo que vale a pena.
Tu
Ema,
diz-me.
Como se inventa o amor?
Ema…
de cabelos ruivos, envoltos por um véu azul-turquesa, de olhar límpido e calmo...
És tão transparente que te aniquilas a ti própria.
de cabelos ruivos, envoltos por um véu azul-turquesa, de olhar límpido e calmo...
És tão transparente que te aniquilas a ti própria.
Ema...
Quero amar-te.
andrea
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