terça-feira, 7 de julho de 2009

as mãos pegam no que já fugiu para longe
os pontos de referência, apenas isso
começa tudo do zero nesta estação
partidas e chegadas
momentos em malas
souvenirs ocos caem ao chão
vens atrás e apanhas um a um numa pressa sôfrega
ficas sem espaço nos braços caem descaem
partem-se contigo
e segues vazio

entreguei-te a morada para meteres lá o que ninguém soube
ficas com um para que sirva para nada
continuo sozinho
deixo tudo para trás
as coisas para que servem?
quero vida por dentro
o mais importante do que não importa.

No cais dos perdidos e achados estão os bonecos/ em forma de laços apertados/ alargam as paredes e por entre os dedos caem como areia os dias
Na busca de estações inéditas não apreciam o insignificante
Para lá do imprevisto vive o medo
Seguras-me na mão
A água está fria
Para lá do frio vive o medo
Aproxima-te! a palavra final vem dentro dum caixote branco
Para lá do branco vive o medo
Para lá desta linha não sei.


andrea

Nenhum comentário:

Visitantes: