quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Bates sem compasso, incerto e arrítmico. Podias falar comigo, acalmar-me mas não tens voz, vives apenas dentro de mim. É a ti que culpam por amares sem medida e fim, é a ti que pintam cor-de-rosa ou vermelho sangue. Bates fortemente. Apertas o meu peito a cada segundo de novas emoções, ansioso porque este momento é novo, inesperado e não sabes como lidar. Bates. Acelerado. Fortemente, a um ritmo alucinante e preocupante. Não vives só. Eu acompanho-te. Acredita. Precisas de me ver sorrir. Rejuvenesces e bates cada vez mais forte. O meu entusiasmo é a tua vida. Empolgado corres desorientado, és vida interior. Estimo-te. Por vezes desprezo-te, maltrato-te e ficas encolhido a um cantinho, assustado bates fortemente. Preciso de ti. Preciso de te sentir vivo, apaixonado, cheio de força e vigor. Desculpa se te invado de tristezas e más companhias. Perdoa-me se não te respeito e te faço sentir fraco, expelir os maus-tratos. É inconsequência, eu sei. Mas guardo-te junto a mim, bem dentro de mim, onde quer que vá. Bates forte. Sinto-te. És vida em mim...

11 Outubro 2005

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