sexta-feira, 26 de março de 2010

A extremidade dos cinco dedos não lhe adivinha a forma.
Encontro-lhe pequenas saliências, rodeadas de minúsculos poros, um ponto fundo que une o princípio e o fim.
Agarro-a na palma da mão. Afigura-se-me maior. Rodopio-a suavemente para a adivinhar. Transborda as linhas, quase chega à ponta dos dedos, fica rente às extremidades. Não a agarro inteira.
Atrevo-me com as duas mãos. Encaixe perfeito. Tenho a sensação que guardo, entre os dedos, um segredo inconfessável, redondo, esponjoso. O que a torna viva.
Elevo os dedos ao nariz. Hummmmm! Que maravilha! Que cheiro a terra, doce, a dias pequenos, a chuva, a pequenos-almoços com torradas e o que espremo de ti!

andrea

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